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Quantas minhocas são geradas a partir de uma cortada ao meio? -- Nenhuma, uma ou duas?

Minhocas têm propriedade expressiva de regenerar partes eventualmente seccionadas de seu corpo que lhes faz reaver a maior parte da quantidade original de segmentos perdidos. No entanto, a eficiência e a rapidez de recuperação estão muito relacionadas com a posição do corte e a porção anterior do corpo preservada, porque são nos segmentos proximais que se concentram partes importantes do sistema nervoso responsável por ordenar o processo regenerativo.

Depois de mutilada, uma minhoca entra em estado de letargia por um tempo variável com a espécie, a idade, a temperatura, disponibilidade de oxigênio e as condições ideais de sobrevivência, quando se mantém em repouso e com baixa atividade metabólica. Forma-se uma ferida no segmento cortado da extremidade anterior, que se fecha com poucos dias, e o canal digestivo, também dividido, pode ficar aparente ou ocluso durante o processo regenerativo, que vem em seguida. O anel cortado da extremidade caudal permanece aberto durante a provável regeneração com uma ulceração ao seu redor. Nessas circunstâncias, presume-se que a minhoca decresça a atividade habitual, dirigindo o esforço fisiológico para a recuperação da parte perdida.

O fenômeno, que se explica por mecanismos elétricos, jamais produz número superior à quantidade original de segmentos. Os anéis regenerados se distinguem dos demais ilesos, por se apresentarem menos pigmentados e com cor mais clara.

Via de regra, quanto mais próximo da cauda for o corte, maiores serão as possibilidades de a parte que contém a cabeça se regenerar. Se cortada ao meio, a parte posterior ainda se mantém viva por alguns dias após a divisão, até que morre e se desintegra por não ter formas de se nutrir. Salvas as exceções, somente a metade que contém a cabeça se regenera.

 

Afrânio Augusto Guimarães - zootecnista / MINHOBOX.

 

Resposta certa: uma.

Ganhador: Francisco Mendes de Sousa