Em Janeiro de 2009, a Minhobox passou a disponibilizar casulos de duas espécies de minhocas incomuns na minhocultura brasileira, com extremo potencial para adoção em projetos de reciclagem de resíduos orgânicos.
Uma delas, a vermelha-tigrada (Eisenia fetida), originária da Europa Ocidental, é uma minhoca excepcionalmente prolífica e que assimila os substratos orgânicos mais freqüentes. Com características taxonômicas muito semelhantes às da sua prima Eisenia andrei, e com a qual é universalmente confundida, essa minhoca tem as melhores propriedades para a mais devida destinação ao lixo orgânico gerado pelas produções agrícolas e pelos centros urbanos. Além disso, os métodos internacionalmente reconhecidos de ecotoxicologia exigem a espécie Eisenia fetidacomo criatura bioindicadora e, por isso, a Minhobox passa a poder colaborar com as empresas brasileiras que avaliam os efeitos adversos sobre o meio ambiente decorrentes da utilização de produtos químicos e da geração de efluentes industriais.
A outra espécie recém-lançada pela Minhobox, a violeta-do-himalaia (Perionyx excavatus), originária da região montanhosa do oriente, é uma minhoca exímia na humificação de restos vegetais e dejetos de explorações zootécnicas. De comportamento inquieto e com índices reprodutivos extraordinários, essa minhoca consiste numa excelente opção à minhocultura brasileira para a conversão ecológica e rentável dos resíduos orgânicos em produtos da atividade: húmus, iscas, alimento vivo para animais domésticos e farinha de minhocas.
Embora a comercialização de novas espécies de minhocas se faça pressupor disseminação descontrolada num determinado país, não há qualquer risco de impacto ambiental no Brasil. A exemplo das outras espécies exóticas já utilizadas na minhocultura comercial, a vermelha-da-califórnia (Eisenia andrei) e a gigante-africana (Eudrilus eugeniae), as duas espécies recentemente disponibilizadas pela Minhobox têm o mesmo hábito alimentar detritívoro, condição que as dificultam de se dispersarem nos solos brasileiros, tipicamente pobres e com textura desapropriada e teor de matéria orgânica insuficiente para lhes propiciarem a proliferação. Assim sendo, a multiplicação dessas minhocas fica restrita exclusivamente aos criatórios, afastando-se a possibilidade da competição com espécies autóctones e com as demais já introduzidas, de requerimentos distintos de sobrevida.
Depois de três anos mantidas e investigadas no laboratório da Minhobox, ambas as espécies passaram a ser intensiva e criteriosamente procriadas sob as técnicas de minhocultura em caixas e em colchões plásticos desenvolvidas pela própria empresa, que, além de obedecerem seus ciclos de vida, atendem às exigências peculiares de granulação, umidade e poder nutritivo do substrato.
À medida que a demanda pelas duas espécies aumentar, a Minhobox pretende ampliar a produção delas para, além de casulos, disponibilizá-las também como matrizes e se permitir preços razoáveis de venda aos minhocultores e pesquisadores (www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-casulos.php).
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A vermelha-tigrada (Eisenia fetida) tem listras transversais ao longo de seu corpo, intercalando com faixas empalidecidas. Confundida universalmente com sua “prima” vermelha-da-califórnia (Eisenia andrei), essa espécie pode colaborar com os projetos brasileiros de reciclagem de lixo orgânico.
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A violeta-do-himalaia (Perionyx excavatus) apresenta tons cambiantes de violeta no dorso de seu corpo, principalmente quando exposta à luz do sol. Mais inquieta que as demais espécies adotadas na minhocultura comercial, essa minhoca consiste numa excelente alternativa de aumentar os lucros de minhocultores do Brasil.
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Os casulos das novas minhocas vêm sendo criteriosamente produzidas pelos métodos de criação desenvolvidos pela Minhobox, a minhocultura vertical em caixas plásticas (Minhobox) e a minhocultura horizontal em colchões plásticos (Minhobed), que os obtém saudáveis, com pureza de espécie e com elevada eclodibilidade.
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