Em um auditório, antes da implantação do minhocário, o zootecnista da Minhobox, Afrânio Augusto Guimarães, prelecionou um curso aos funcionários envolvidos com as questões ambientais da empresa. Os assuntos eram pertinentes à destinação ecológica dos resíduos orgânicos gerados lá através da minhocultura, a transformação deles em substrato para as minhocas e a nova técnica que seria adotada de criação vertical em caixas, o Minhobox Air.
Logo após a preleção, os funcionários receberam um certificado que lhes atestava a competência de manejar o minhocário através da tecnologia industrial de minhocultura vertical em caixas, o Minhobox Air. Estes colaboradores da Nexa Resources estavam aptos também a reciclar os resíduos orgânicos produzidos pela empresa e lhes transformarem em húmus de minhocas para ser aplicado nos cultivos agrícolas e jardins de lá.
O minhocário foi instalado num galpão coberto com telhas de barro, que conferem excelente conforto térmico às minhocas, e com as laterais fechadas com tela metálica, protegendo-o contra o ataque de predadores, como as aves e pequenos mamíferos. A instalação fica estrategicamente localizada na empresa ao lado de um pátio, onde se permite tratar a matéria-prima, e próxima do viveiro, onde se pode utilizar o húmus na produção de mudas.
Para se aferir a umidade de oitenta por cento do substrato, ao invés de se utilizar um higrômetro, se relacionaram as medidas de peso e volume: uma amostra de dez litros do substrato com o devido umedecimento prévio pesou nove quilos, usando uma balança de mola. Nessa medição, é importante que o substrato seja composto por grânulos de diâmetro médio de dois centímetros, o que lhe confere porosidade e elevada oxigenação.
No dia da implantação, iniciou-se o povoamento do minhocário: em cada UPH (Unidade de Produção de Húmus) foi inoculada uma colônia humificadora numa das seis caixas que a compõem. Este procedimento foi repetido com intervalos de cinco dias até que cada UPH ficasse povoada com cinco colônias. A sexta caixa ficaria vazia para receber a passagem das minhocas da primeira inoculação, quando completasse vinte e cinco dias de humificação.
O minhocário se constitui de quinze UPH's (Unidade de Produção de Húmus) da técnica Minhobox Air, compostas por noventa caixas que produzem uma tonelada, trezentos e cinquenta quilos de húmus, todo mês. Este criatório requer um pátio de vinte metros quadrados para preparar dois mil e setecentos litros de substrato consumidos mensalmente, ocupa o espaço de dez metros quadrados e utiliza a mão-de-obra de um único funcionário.
Os colaboradores da Nexa também conheceram o Minholix, o reciclador biológico de resíduos orgânicos para indoor e obtiveram conhecimentos sobre como manejá-lo. Essa aquisição paralela da empresa, que seria instalado num escritório, teve o objetivo de conscientizar seus funcionários sobre a importância da reciclagem de resíduos orgânicos e de lhes permitirem dar destinação ecológica aos seus próprios restos de alimentos.
O minhocário anteriormente implantado pela Minhobox no início de 2005 era composto por caixas fabricadas em vacuum forming e conduzido pela segunda geração da tecnologia de minhocultura em caixas. Este minhocário foi substituído por recipientes fabricados em rotomoldagem, com aprimoramentos que deixaram a terceira geração da tecnologia mais produtiva e mais favorável à atividade das minhocas e ao manejo do minhocultor.
As fotos mostram dois momentos em que Afrânio Augusto Guimarães interagiu com o brilhante e saudoso empresário Antônio Ermírio de Moraes e sua empresa: ao receber o diploma de zootecnista de suas mãos na Universidade Federal de Viçosa, em como paraninfo, em 1991, e três décadas depois, implantando um minhocário para reciclar os resíduos orgânicos do refeitório de uma das unidades de sua eterna Votorantin.
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